Se você tem bichos de estimação, provavelmente já ouviu falar sobre os perigos da toxoplasmose em gatos. É que o parasita transmissor da doença se hospeda no organismo dos felinos, tornando-se uma ameaça tanto aos animais quanto aos humanos. Porém, medidas simples ajudam a prevenir o problema.
Transmissão da toxoplasmose
A toxoplasmose é uma infecção causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Esse micro-organismo está presente na natureza e é contraído por via oral. As principais formas de contágio são por ingestão de carne malpassada ou vegetais que não foram higienizados adequadamente.
O Rio Grande do Sul é região endêmica da doença. Em 2015, um surto atingiu pelo menos 154 moradores de São Marcos, município da Serra Gaúcha. Já Erechim, no Norte do Estado, concentra a maior incidência mundial de problemas de visão decorrentes da enfermidade.
Em geral, a toxoplasmose é assintomática. Porém, quando a imunidade do hospedeiro está baixa, o parasita pode espalhar-se por órgãos como cérebro, coração, pulmões e fígado. Entre os sintomas, destacam-se:
– Dor de cabeça ou na garganta;
– Confusão mental;
– Convulsões;
– Problemas de audição ou visão;
– Gânglios ou manchas pelo corpo;
– Aumento do fígado e do baço;
– Complicações cardíacas e pulmonares.
O alerta maior vai para donos de gatos. Os bichanos carregam o Toxoplasma gondii nos intestinos e eliminam-no nas fezes.
Como evitar o contágio por toxoplasmose
Cuidados simples protegem a saúde da família. O primeiro deles é utilizar luvas para limpar a caixa de areia do pet. Deve-se evitar que crianças entrem em contato com os dejetos.
Também é preciso lavar e cozinhar bem os alimentos. Essa medida serve para eliminar quaisquer resquícios de agentes patógenos.
Não se recomenda dar carne crua nem vegetais sujos aos peludos. O mais apropriado é que eles comam apenas ração, de modo que não sintam tanta vontade de atacar roedores, pombos e insetos.
Ainda assim, felinos são caçadores natos. Às vezes, basta uma saída à rua para que a mascote da casa retorne com um “presentinho” entre os dentes. Como a presa pode estar infectada, convém realizar consultas periódicas com o veterinário.
Aliás, caso a visita de animais indesejados seja frequente, você pode recorrer a soluções como o controle de ratos e o controle de insetos. Esses procedimentos atendem a normas de segurança ambiental e não comprometem o bem-estar dos membros da família – sejam humanos, sejam gatos.
Ainda, deve-se higienizar a caixa d’água pelo menos a cada seis meses. O reservatório pode conter protozoários nocivos à saúde.